
Menor município do Brasil se destaca na da arte de produzir moveis rústicos
Por Dulcinéa Silva Jerônimo
Santa Cruz de Minas, localizada entre São João del-Rei e Tiradentes, bem à margem direita do Rio das Mortes, é o menor e um dos mais novos municípios do Brasil. O pequeno distrito emancipado em 1995 possui apenas 3 km2. Dentre as práticas que movem a economia da cidade, a arte em produzir móveis em madeira de demolição vem contribuindo para o destaque do município dentro do estado de Minas.
O crescimento vem ocorrendo a passos largos, já que o número de fábricas e lojas de móveis praticamente quadruplicou nos últimos nove anos. Consequência disso são as inúmeras visitas de pessoas de toda parte do país a procura dos já famosos móveis.
Com o aumento da procura, os artesãos têm procurado se adequar tanto com a ampliação de seus estabelecimentos quanto com a divulgação. Para isso, já utilizam a Internet como ferramenta indispensável de vendas na região e até mesmo fora do país.
Outro recurso significativo para o controle e afirmação do artesanato como real fonte de renda foi a criação de duas associações de artesãos – a Associação Porto Real Arte e a Corporação de Artesãos de Santa Cruz de Minas. As associações são formadas pelos próprios trabalhadores do ramo e conta com a colaboração da prefeitura local, através de cursos de especialização e dicas de administração.
Essa crescente produção e venda tem levado o sustento de grande parte das famílias de Santa Cruz de Minas e de cidades vizinhas. Como é o caso do jovem Flávio Jerônimo de apenas vinte anos, marceneiro há quatro. O habilidoso rapaz afirma ter aprendido a produzir através da prática. Seu primeiro emprego foi aos quatorze anos como acabador de móveis, quando já observava o trabalho dos marceneiros e planejava aprender o ofício. Para Flávio essa é uma profissão como poucas “faço arte e nunca fico desempregado” afirma. O jovem não pensa em mudar de ramo tão cedo tendo em vista a remuneração bastante satisfatória e o seu próximo objetivo, ter a sua própria serraria.
Por Dulcinéa Silva Jerônimo
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